terça-feira, 19 de julho de 2011

Delíro ou mistéro

Poesia: Sp. 09/11/06


Sempre quis declarar me
Tudo que sinto
Nunca tive coragem
Isso é um labirinto
Que me leva a você.

Amenos vou tentar
Para ver se consigo
Seguir em paz
Sem olhar para traz.

Só vou sucegar 
Quando encontrar
O portal do seu coração.

Não estou brincando
Nunca falei tão sério
Pode ser delírios pode mistério.

Pode ser um sonho
Se for eu não quero acordar
Só vou despertar
Se for ao teu lado.

A morte pode chegar
Eu não vou me entregar
Ficarei a vagar
Até te encontrar.

Pois a vida só tem significado
Se um dia nela
Tivermos amado.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Princesa exuberante

Poema: Sp. 07/03/06


Em meio a essas estruturas
De concreto e aço
Imaginei-me transportado
Há um tempo antigo
Num castelo glamuroso
De pessoas muito nobres,
E você a princesa exuberante
Eu o farrapo prisioneiro
No calabouço mais profundo,
Suas vestes ostentavam sua beleza
Como hoje tuas roupas
Me deleitam o seu corpo
Olhos de cristais reluzentes
São os mesmos após tantos séculos...
Eu e minha lira
Trovando uma cantiga 
Que não era de amigo
Você em sua sacada
Com as tranças ao chão
Eu um Romeu perdido
Com flores nas mãos.
Historias diferentes
Mas de um mesmo contexto
O platonismo é a flecha do poeta
Para provar que o impossível
É logo ali!
Te vejo aqui nesses corredores
Mas prefiro a distancia,
Somente um louco
Chegaria a menos de um metro de você,
Pois tu és a medusa real
Não quero ser enfeitiçado
Virar uma estátua de pedra
E morrer apaixonado,
Por isso te mantenho
Nos meus sonhos
Mas com os pés na realidade.

Já era

Letra: Sp. 18/05/06


Sempre te quis desde o dia
Em que te vi
Nunca mais te esqueci
Vem pra mim...
Já tentei mais de uma vez
E você me recusou
Não sei até quando
Vou suportar o seu desdém
Te quero tanto meu bem

Mas preste atenção
Minha paixão pode acabar
Você vai se arrepender
Vai vir me procurar
E eu vou lhe dizer
Já era.

Ardilosa

Poema: Sp. 18/05/06


Rosto de anjo
Ardilosa feito o cão
Por traz da pele branda
Uma cobra peçonhenta

É como um felino
Só na ponta dos pés
Se virar as costas
Decretou o seu fim

Olhos de lince
Garras de pantera
Faz o tipo indefeso
Mas nas sombras

Mostra os dentes caninos
Que penetram fundo
Na alma,

Nunca mais subestimo ninguém
Pois do nada
Pode surgir
O seu maior inimigo.

Chagas

Letra: Sp. 24/05/06


Vou trilhando meu caminho
Nessa estrada de espinhos
Meus pés feridos
Olhos sofridos
De tanto chorar... de tanto sofrer...

Mas eu não paro de caminhar
Um dia eu saro essa chagas
Do meu coração... da minh'alma

Mas eu não paro de caminhar
Um dia eu saro essa dor
Do meu coração... do espírito.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Vero semelhança

Letra: Sp. 08/02/06


Tudo que você sofreu
Tudo que você chorou
É vero semelhança do amor
Que é bom mais dói
Que é bom mais corrói
Sei que o amor constrói
Sei que o amor também destrói
Mas se não fosse assim 
Cade o mérito no fim.

Você vai sorrir
Você vai chorar
Vai viver feliz 
E muito infeliz

Você vai ao céu
Você vai ao chão
Vai prova o mel
E também o féu  

Mas pra ser amor
Tem que ser assim.