terça-feira, 31 de maio de 2011

Cálice

Poema: Sp. 01/09/06


Quero penetrar seu intimo
E mergulhar em tua sopa
O teu seio em minha boca
Quero explorar tuas grutas
Cavernas, matas e montanhas

Desse lindo templo nu
E tu beberas do leite
Diretamente do cálice do amor
Que banharás o seu corpo
De milhões de vivas possibilidades.

Gira sois

Poema: Sp. 13/09/06


O seu corpo exala
Um perfume magnífico 
Nem lírios do campo
Nem as roseiras frondosas
Ou os liláseiros 
Ou até mesmo as azaléias
Desfilam a tua beleza
Que é tão peculiar
Quanto o sol que ilumina
Os gira sois,

Em meio a toda
Essa natureza exuberante
Você é a mais feminina
Das flores
Que enfeitam o jardim
Dos meus sentimentos
Mais íntimos.

Meus amores

Poema: Sp. 19/09/06


Amei Roberta 
Como a minha própria mãe
Amei Sheila
Como se fosse uma filha

Ainda as amo
Como se uma fosse 
Minha namorada
E a outra fosse
Minha amante

Mas ambas serão
Minhas esposas
E mãe dos meus filhos

Por que as duas 
São a mesma...
Sheila Roberta!!!
Que nos amamos
Incondicional mente
Em muitas vidas
Inclusive essa!

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Desentrenhada

Poema: Sp. 06/06/06


Sou um poeta modernista
Com rastros barrocos
Minha poesia é desenfreada
O que importa é o momento
O agora, o fato, o presente

Não quero estruturar nada!
Metrificar nada!
Estetizar nada!
Só quero expressar
O momento, o acontecimento
E pronto!

Amora

Poema: Sp. 23/11/06


Quero teu apoio
Pois sou o joio
E você é o trigo
Fica comigo,

Sou o oposto do inimigo
Estou sempre contigo
Você me resgata todo dia
De volta ao seu abrigo.

Sem você vagueio, mendigo
Pois sou o joio
E você é o trigo,

Te espero amanha no domingo
Para relembrar nosso amor antigo
E tudo que temos vivido até agora
Não vá embora,

Nosso amor tem aurora
É mais belo que a flora
Já é chegada a hora
Para juntos pagarmos a mora.

No leito

Poesia: Sp. 02/11/06


Estou fudido, mal pago, aleijado
Em termos capado
Sem poder gozar a vida
Que situação negra, oprimida
Não sei se pegarei o diploma
Pois as mensalidades
Alcançaram bruta soma
Estou em coma
Não estou ajudando em casa

Meu respeito a cada dia vaza
Não consigo pensar direito
Quero me levantar desse leito
E continuar a escalada
Tenho nível técnico e universitario
Mas não consigo encher o armário!
Eu não me abalo facilmente
Seguirei a luz reluzente
Ainda olharei para traz sorrindo
A vida não para, continuarei seguindo.

Armagedon

poesia: Sp. 01/11/06


Menino, garoto, pequeno prodígio
Homem, adulto, grande oficio
A escrita é a criptonita do sistema
Menino não tema!
Pois sua poesia não é efémera...
Continuara a ecoar na eternidade
Aqui nesse mundo ou noutra cidade
Você já se libertou da senzala
Sua poesia incomoda.
Não da pra te ler e não crer
Que existe uma luz
Você mano é instrumento de JESUS!
Sou orgulhoso do Jaqueline,
Do meu povo
Onde tem a vermes também a diamantes
Hidson exemplo de:
Dom, som, expressão e tom
Você é o próprio armagedon.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Vassalo

Poema: Sp. 25/04/06


Ah! que martírio inescrupuloso
Me assola o peito
Quanto mais me renuncio
Mais almejo a tua afeição
Que nem te olhasse
Não me adianta o disfarce
Sei que me vê através da cortina
E contem  o querer

Ah! não quero esse gosta vassalo
De querer te a distância
Já foi o tempo platónico
Te quero bem perto
Tudo é tão incerto
Apesar da tua descrição
Percebo seu olhar despretensioso
Mas revelador do intimo

Ah! jaz a consumação
Vejo esse elo de ligação inspirador
De corações sobrepostos
Da musa e do poeta.

Máritirio da vila

Paródia de Martinho da Vila: Mulheres.


Já tive mulheres
De fazer reverter
Opiniões formadas
Já tive mulheres
De subjugar o diabo
Já tive mulheres
De fazer enxergar 
O cego desejoso
Já tive mulheres
Do inferno ao céu
Já tive mulheres
Do paraíso ao umbral
Já tive mulheres

Exuberantes mas definhadas
Já tive mulheres
Despercebidas a olho nu
Mas resplandescentes 
A sensibilidade
Já tive mulheres
Que aceitei
Já tive mulheres
Que me suportaram
Tenho a mulher
Que amo
Mas não tenho 
O amor 
Que ela merece.

Perdição

Poema: 07/08/06


Tu és a inspiração do pecado
O que desvia o certo pro errado
És o banquete do felizardo
A água que sacia a sede
O tempero que completa o negro
És índia por herança 
Cabelos negros de pixe
Macio como pelo do gato siamês 

Curvas que levam
Ao abismos mais obscuro
Não me atrevo em conhece la melhor
Pois o pouco que a conheço
Já me cega o suficiente 
Para seguir o caminho da perdição.

domingo, 22 de maio de 2011

coração solitário

Poesia: Sp. 23/05/11

Te encontrei pela imagem
Gostei do que vi!
Nem sei o seu nome
Mas ja me apaixonei
Gosto de sol e de mar
De mulher e de cor.
Você é a típica mulher brasileira
Muito seio muita bunda
Muita complicação e emoção.
Nos falamos muito pouco
Mas já percebi o quão nobre
Tu és!

Obrigado pelo carinho e pela atenção
Se perdi meu tempo
Pensando em ti 
É porque você é importante
Não sei para os outros
Mas é pra mim
Coração solitário
Mas porque quer!
Existe uma eternidade
A sua espera.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Central dos violeiros

Poema: 08/03/06


As ideias vem a tona
No galope da sanfona
Que cheguei aos corações
Essa viola que entoa
Algumas notas da lavoura
Pra colher uma canção
Que encante as pessoas
Do meu Taboão da serra
Do meu coração

Reunidos numa praça
Numa tenda ou numa casa
Gentis nobres cavaleiros sem competição
Em punhos armas que atiram
Sete notas, sete cordas
O seu violão
É um exercito de guerreiros
Velhos novos violeiros
Da nossa canção, canta Taboão

A central dos violeiros
Vem regar os teus canteiros
Pra quem fica ou passageiros
Dessa emoção, canta Taboão
Nessa roda de alegria
Canta pai e canta filha
E também os irmãos
Filhos desse chão, canta Taboão.

Hexa

Poesia: dedicada a copa de 2006, mas já veio a de 2010 e nada! E agora em 2014 em casa diante da torcida o hexa é nosso.


Jás! dois mil e seis
Época de capitães e Reis
Países e juízes
De uma batalha campal
Na terra de Hitler
Uma guerra de paz
É a copa do mundo,

Onde o carrasco campeão
Vai brigar por mais essa
Quem fala é um poeta
Brasileiro e penta
A espera do hexa
É a copa do mundo,

Que foi de Pelé e Garrincha
Hoje é de ronaldinho gaúcho
E Ronaldo fenomeno
Para glória da amare linha
É a copa do mundo,

São noventa minutos
Em que o mundo para
Ninguém trabalha
Ninguém raciocina
É só a bola feito o sol ilumina
Enfim! é a copa do mundo.




Sorte

Poema: Sp. 01/08/06


Ela chegou na minha vida
Sem explicação
Revirando meu mundo
Minhas opiniões
Me livrando do poço
Do abismo profundo
Me curando a cegueira
Aventuras banais

Minhas promiscuidade
Ficou para traz
Encontrei a paixão
Dentro da amizade
E hoje poço dizer
Com convicção
Que tenho um amor
De verdade.

Canudos

Poesia dedicada a todos que morreram pela republica. Sp: 27/04/06


Na catinga surge um exercito
De concelheiristas baianos
Ao comando de Antonio
Contra o império do descaso
Sertanejos de facão
E de foices nas mãos
Contra canhões desumanos
Foi uma, foi duas, foi trêz
E de quatro voltou o freguêz.

Antonio conselheiro proclamou
Euclides da cunha delatou
Os sertões são nossos!
Dom Pedro segundo foi espirrado
Como escarro,
E os bois pucham os carros da morte
Antonio conselheiro
Não morreu por dinheiro
Morreu por dignidade
Não se sabe se foi
Por bomba ou caganeira
Canseira ou fome,
Mas se sabe que no sertão baiano
Morreu um grande homem.



Vindas

Poema: Sp. 11/04/06


As memórias são eternas
E os amores infinitos
De terra em terra
De chão em chão
As vidas nos esculpem
As existências nos ensinam
Nada será passageiro
Mas tudo será efémero.

Efemiridade

Poema: Sp. 09/02/06


Jaz no jazigo o seu sacrilégio
E o santo padre papudo
Que tomado pelas trevas
Violou a inocência pequena
Que a grande arquitetura vaticana
Esconde na cortina intolerante
Há! que fosse somente efemeridade

A maldade do padre papudo
Que fez da batina escudo
De um abismo imundo
E o terço antes santo
Se tornara corda de enforcamento
Cuidado padre papudo.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Mulher

Poema: Sp. 14/03/06


Cada mulher
Tem seu jeito e seu leito
Cada mulher
Tem seu rosto e seu gosto
Cada mulher tem seu cheiro
E seu tempero
Cada mulher
Tem sua dor e seu amor
Cada mulher
Tem sua energia e sua magia
Cada mulher
Tem o seu pé e sua fé
Cada mulher
Tem sua mão e sua mãe
Cada mulher
Tem sua íngua e sua míngua
Cada mulher
Tem seu valor e seu pudor
Cada mulher
Tem seu sexo e seu nexo
Cada mulher
Tem sua meiguice e sua burrice
Cada mulher
Tem sua vida e sua lida
Cada mulher
Tem seu hímem e seu homem
E cada mulher
É única em sua túnica.

Madame

Poesia: Sp. 16/02/06


Se não foi madame
Foi primeira dama
Se não foi rainha
Foi Jane
Nessa selva de arame
No podium desse andaime
Discursou verdades infames
Que vomitou vermelho sangue
Dispersando o incha me
Nas dobradoras origami
Que se dane! mame.
Que o féu derrame
Na premiação de cannes
Holywood não se engane
Com aquela velha Jane
Que hoje virou índia
Na lama desse mangue
E que amanhã será história
Na cabeça do pensante.

Certeza

Poesia: Sp. 11/01/06


Minhas preferências me realizam
Minhas escolhas me completam
Mas sempre são lúdicas
Para quem vê de fora
Horas bolas!
Quem tem que acreditar sou eu...
Quem tem que confiar sou eu...
Mesmo diante da negativa alheia!

Porque me importo tanto?
Não sei se agora ou daqui a mil anos
Ainda vou viver do prazer
De fazer aquilo que gosto;
Escrever letras musicais, poesias
E pensamentos.
Mas uma coisa é certa!
Remunerado ou não
Minha pena continuara
A deslizar nos papiros do amor
E nos pergaminhos da vida!